quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sobre-Vivendo ao Mundo.

No presídio agrícola das Palmeiras, os presos moram com a família. Entre os muros da cadeia, há igreja, creche e escola.

Presídio agrícola se transformou em um condomínio popular. Mulheres e crianças moram com os presos. Tudo custeado pelo sistema carcerário A dona-de-casa Conceição Figueiredo mora em uma casa humilde, como a de tantos brasileiros. Todos os dias, o marido dela, Domingos Figueiredo, encontra a mulher depois do trabalho na roça. As semelhanças com a vida de outras famílias brasileiras termina aí. A casa de Domingos e Conceição fica dentro de um presídio. Domingos cumpre pena por homicídio. Eles estão casados há um mês.

"Abandonei tudo, meu serviço por amor a ele, e, agora, nós estamos vivendo muito bem", conta Conceição.
“A gente casa, então, é uma responsabilidade. Uma mudança de vida”, afirma Figueiredo. O presídio agrícola das Palmeiras, que funciona em regime semi-aberto, fica a 100 quilômetros de Cuiabá, em Santo Antônio de Leverger. Os presos trabalham na lavoura e cuidam do gado. Três dias de serviço valem um a menos na pena. Os detentos só saem daqui com autorização, não podem dormir fora da unidade.

Condomínio popular

Dos 21 presos, oito são casados e vivem com a família. Os moradores mudaram a rotina e hoje o presídio agrícola parece um condomínio popular. Entre os muros do presídio, há igreja, creche e escola. Francisco Alves dos Santos está preso há dois anos. Com ele, mora o filho, que chegou bebê e está crescendo dentro do presídio. Faltam dois anos e meio para a pena terminar e a família sair do local. "Melhor do que no fechado, lá você não vê o seu filho crescer. Aqui não, estou com a esposa e o filho", conclui Santos.

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Fonte: G1

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